Estávamos agora numa ilha remota, sem forma de regressar, com alguns poucos trilhos mal definidos, com vegetação por vezes a ultrapassar a linha da cinta, e com o GPS a indicar ainda 900m até ao destino! Fomos avançando, ouvindo por vezes árvores a cair e um fumo negro a movimentar-se. Por vezes flashes avistavam-se e o céu ficava cor purpura. Passamos por várias torres electromagnéticas, passamos ao largo de uma estação onde se podia ler "Dharma - The Pearl". Encontramos um "pão de forma" em forma de tractor, mas que não tinha nem cervejas nem o motor pegou - mesmo com uma enorme fé por parte do César que se montou sobre ele.
Tínhamos umas coordenas, era tempo de procurar a razão de ali estar. Entramos dentro da floresta até ao ponto zero, até que encontramos algo que tinha caído de uma árvore. Não, não se tratava de um avião vindo da Nigéria com imagens da Virgem Maria com um pó que faz rir lá dentro. Encontramos sim uma caixa, com um bloco de notas, onde era pedido que assinássemos o nosso nome. Assim fizemos e voltamos a colocar a caixa em cima de uma árvore. Regressamos de novo à praia deserta onde contactamos Carlos através de um telefone via satélite que funcionava sobre uma frequência que há 16 anos emitia um repetitivo pedido de ajuda em francês. Carlos chega, solicita que embarquemos, e quando começamos a avistar uma estátua do outro lado da ilha que mais parecia um Colosso, o céu volta a mudar de cor e um som estridente invade as nossas cabeças! A ilha desaparece, como se nunca tivesse existido, e tivesse sido apenas uma memória que tivéssemos vivido. Uma aventura que guardaremos nas nossas cabeças durante alguns anos, nisto que chamamos vida, mas que na verdade é apenas uma passagem!
Obrigado ao Jacob pela ligação!





