A verdadeira essência deste evento está na solidariedade de cada um de nós para com os animais que infelizmente são deixados ao abandono a cada dia que passa. Para onde serão canalizados os donativos feitos pelos geocachers?
Este evento vai ajudar a Associação para a Defesa dos Animais e Ambiente de Vila Verde de onde surgiu a ideia, mas esperamos que o evento corra para o melhor e quem sabe podermos realizar futuras edições onde sejam outras associações beneficiadas com os donativos dos geocachers.
Como tiveram conhecimento das necessidades dessa associação e das suas necessidades?
Infelizmente as associações sem fins lucrativos de ajuda aos animais abandonados, apresentam sempre dificuldades pois dependem da boa vontade de empresas, veterinários e pessoas que tentam ajudar no que podem. Como foi referido anteriormente, foi uma voluntária da associação Associação para a Defesa dos Animais e Ambiente de Vila Verde, amiga da Sara, que mencionou as dificuldades sentidas pela associação.
Quais os bens de maior necessidade que esta associação necessita e como é que cada um de nós a pode ajudar?
O principal é sempre a parte da alimentação, mas mantas e tudo o que possa contribuir para o bem estar dos nossos amigos de 4 patas é bem-vindo.
Para quem não tenha disponibilidade para participar no evento mas que queira contribuir para a Associação para a Defesa dos Animais e Ambiente de Vila Verde, os contactos são os seguintes:
Presidente da associação: Castro Diniz: 935101027
Susana Vidal (voluntária): 961786319
Foi escolhido o PR1 Soalhães Marco de Canaveses - Pedras Moinhos e Aromas de Santiago para esta caminhada. Querem falar um pouco mais deste percurso, da sua riqueza natural, histórica e paisagística?
O percurso está inserido numa área montanhosa (a Serra da Aboboreira) de elevado valor cultural e natural, preservada pelo progresso urbanístico, por centúrias de isolamento geográfico e pela desertificação humana. Assim, durante o trajecto percorrem-se caminhos antigos, ladeados por muros de pedra, muitas vezes escavados na rocha-mãe, por sua vez rasgados pelas rodas dos carros de bois.
Tal ambiente, calmo e pouco povoado, propicia a existência de refúgios ecológicos para inúmeras espécies da fauna e da flora. Deste modo, ao longo do itinerário os participantes percorrem bosques de carvalhos, eucaliptos e pinheiros; campos de cultivo sobranceiros às aldeias e zonas de vegetação arbustiva. Nesta linha de pensamento, é de frisar uma característica nesta zona: a utilização de ervas aromáticas na gastronomia e na medicina tradicional, tais como o rosmaninho, o alecrim, o louro, a hortelã, a salsa, o funcho, a arruda, o trovisco, a cidreira, a marcela, a arnica, os agriões e os poejos.
No âmbito da fauna, a serra da Aboboreira serve de hospedaria para várias espécies de invertebrados, destacando-se as distintas borboletas e escaravelhos, entre outros. No entanto, nesta região encontram-se ainda, aproximadamente, 68 espécies de vertebrados terrestres, não incluindo as aves, dando-se o destaque para a salamandra-lusitânica, a rã-ibérica, o lagarto-de-água e a toupeira-de-água, entre muitos outros exemplares. Relativamente aos mamíferos destacam-se o javali, o coelho bravo, a lebre, a raposa e o gato-bravo.
Ao mesmo tempo, na fauna doméstica, encontram-se ovinos e caprinos, que pastoreiam na encosta da serra, assim como os bovinos, utilizado ainda nas lavouras tradicionais. Matizando a paisagem, podem observar-se grandiosos rochedos com formas finamente arredondadas, lembrando silenciosos guardiões da serra. Umas vezes são usados como escudos protectores dos temporais, justificando o facto de antigamente o povo partilhar com eles o seu lar, ao construir as suas casas a elas encostadas.
Outras vezes, estes geomonumentos, pela desproporção e “equilíbrio ameaçador” em que se encontram, inclinados sobre as habitações, parecem querer recordar ao Homem a sua pequenez e a realidade da sua existência estar nas mãos do destino. De forma colateral, é possível assistir à trituração de cereais nos moinhos de água, como o “Moinho de Balcão”.
O último faz parte de um belo conjunto de onze, envolvidos por uma vegetação luxuriante e acompanhados pela Ribeira de Vinheiros, em Soalhães, e dos quais foram recuperados mais três. Apesar das suas últimas moagens terem ocorrido na década de 1970, o “Moinho de Balcão”, trabalha como antigamente.Similarmente, para além da Igreja Matriz de Soalhães, as capelas de S. Clemente, S. Tiago, S. Brás e S. Bento do Pinhão evidenciam a presença das construções de carácter religioso em diferentes partes da paisagem deste percurso pedestre.
Sendo dia Mundial da Criança, há alguma surpresa preparada para os pequenotes?
Sim, há surpresa para os mais pequeninos, que achamos que provocará alguma inveja ao graúdos.
Depois de uma caminhada entre “Pedras e Moinhos” é possível saborear os “Aromas” desta rota! A tasquinha do Fumo é paragem obrigatória a quem passa por este local. Que iguarias estarão ao dispor dos geocachers mais gulosos?
A Tasquinha do Fumo é muito falada não só no Marco de Canaveses, todos os que apreciam comida regional portuguesa bem confeccionada e produtos serranos rendem-se aos encantos da mesma. Isto claro sempre acompanhado pelos vinhos da casa e os licores dos quais já ouvimos maravilhas. Para o dia do evento espera-nos um churrasquinho constituído por posta e costelinhas.
O que querem dizer a quem ainda não fez will attend?
Este evento tem uma causa nobre, que é a ajuda aos animais, um pequeno contributo faz sempre a diferença. Além disso a componente de Geocaching não foi esquecida, um excelente trilho e muitas caixinhas à mistura o que atrai sempre um bom grupo capaz de proporcionar uma tarde de convívio entre "velhos" e "novos" amigos. Para terminar em grande, a recuperação de energias numa tasquinha serrana são a nossa aposta para um sábado bem passado.
Obrigada, desejo-vos muito sucesso neste evento e espero que todos juntos possamos fazer mais e melhor pelos nossos melhores amigos de 4 patas.
Obrigada, abraço!