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24 August 2015 Written by  Gato Maltês

Gato Maltês found ...and Mother Nature takes over

Found it

Gato Maltês found ...and Mother Nature takes over


#629 - 16:03

Poderia começar este relato, na forma politicamente correcta, dizendo que esta cache estava na minha lista de visitas já há muito tempo e, em jeito onomatopaico, depositar por escrito um chorrilho de suspiros e sons lamechas orientando os primeiros passos deste parágrafo. Mas não o vou fazer, justificando esta “forma de não relato” na contradição que é dizer politicamente correcto e também porque simplesmente a decisão de visitar esta “madame”, foi tomada de súpito e após escolher que a pedalada do dia seria orientada para as contíguas vizinhanças de Monte Real.



Antes de principiar o esboço desta aventura, ainda me recolhi em meditação para tentar expurgar o que de errado fiz na demanda deste tesouro. Para que conste e não chegue, através de terceiros, aos ouvidos dos praticantes genuínos e puros, declaro publicamente que não decifrei enigma algum e não utilizei sequer o mais simples dispositivo de orientação para descobrir o esconderijo final desta cache. A razão é mais do que óbvia e não vale a pena desperdiçar caracteres para a destrinçar.

O caminho que se desenrola desde a minha casa até ao que resta da fábrica do sal “Império” é, nesta época do ano, prenúncio publicitário do colorido primaveril que a mãe natureza irá pintar muito em breve. Não fosse o cheiro a fertilizante de origem suína num ou noutro rectângulo de terreno em pousio, e tudo estaria perfeito. Quer dizer… quase tudo, pois aquele que não é um bom augúrio quando vem das terras de “nuestros hermanos”, teimava em soprar de Norte com alguma potência. Eu sei que “nortenho” é sinónimo de força, já que invicta só há uma e é capital do norte, mas não era necessária tanta potência de sopro para converter descidas preguiçosas em subidas ofegantes e tornar esta jornada mais difícil.


Com a dica em mente e o gps em casa, uma vez que em tempos calcorreei frequentemente os passadiços que garantiam passos seguros sobre o terreno movediço, não demorou muito até chegar ao que me tinha levado ao local e como os vestígios que os visitantes vão deixando são tão vincados, o trilho leva directamente ao que se procura sem deixar margem para dúvidas.

Pode afirmar-se sem suspeições que o contentor está perfeitamente enquadrado no ambiente, denota aplicação por parte do seu criador e apenas será encontrado por quem for propositadamente à sua procura, respeitando na plenitude o bom senso, as invisíveis mas supostas regras e principalmente a mãe natureza. Com tanta qualidade, porque o geocaching não se resume ao contentor, fico surpreendido por ser uma cache também para plebeus como eu e não estar reservada apenas à elite do geocaching. Agradeço ao owner esse facto, pois de outra forma não estaria a juntá-la ao meu pecúlio selectivo de tesouros encontrados.


O local é uma sombra negra e triste do que foi e do que poderia e deveria ser. O que resta da única salina interior da zona centro deveria estar preservado e não abandonado de forma tão degradada.
O nome da cache, além de me recordar uma música dos Clã que diz: “… a língua inglesa fica sempre bem e nunca atraiçoa ninguém”, não poderia ser mais apropriado, uma vez que a vegetação palustre e outra que é a mais usada como sobrenome das famílias portuguesas, tragou os quase 130 mil euros que foram, neste caso real, muito mal esbanjados.

Na tentativa de tentar retribuir o que me foi proporcionado, apesar de a luminosidade não ter sido a ideal, tentei captar e eternizar o momento na forma de registo fotográfico que deposito agradavelmente neste relato.

OPC – TFTC
NO TRADE

 

 

 

 

 



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