MónicaDias
Morcegos: Protegidos por Lei, ameaçados pelos Humanos?!
Geocaching - a actividade que nos diz tanto, que nos vicia, que nos agarra às coisas mais simples da vida, tais como a descoberta de uma paisagem inesquecível, ou mesmo de um convívio animado.
Morcego de Ferradura mourisco
Vida de Hostel
O que é um hostel? Bom, certamente é um estabelecimento de hotelaria. Ou seja, as pessoas pagam para dormir neles. É quase a única coisa consensual. São tidos como económicos, mas em alguns países são caros como o diabo. Há pessoas que imaginam que ficar num hostel implica partilhar o meu espaço com desconhecidos. Em alguns casos é, noutros nem por isso. Há os que incluem pequeno-almoço no preço e os que não o fazem. Os modernos a apelar para o mercado jovem e os pirosos. Os enormes e os pequenos. Na realidade é quase impossível definir o que é isto, em termos finais. O melhor é mesmo aderir aos lugares comuns, aquilo que a maioria das pessoas pensa que é um hostel: é barato, vocacionado para o viajante jovem e descontraido, e a opção mais económica é mesmo o “dormitório” ou “camarata”, em inglês o vulgo “dorm“. Com quantas mais camas mais barato. Geralmente em beliche, chegam a haver quartos com capacidade para mais de 30 hóspedes. Mas a média, diga-se em abono da verdade, é bem inferior… 8 ou 10 pessoas, talvez. Quase todos têm uma cozinha à disposição dos clientes e os mais agradáveis dispôem de um ou mais espaços de convivio.
E porque é que têm saída? Já disse que são as opções mais em conta? Pois. São baratos. E quando são caros é porque o hotel comum ou a pensão o são ainda mais. Mas há quem adore o conceito e por mais rico que fosse continuaria a escolher ficar em hostel. Depois, a localização, que por artes mágicas tende a ser no centro, naqueles sítios de onde depois se vai a pé a quase todo o lado. E há algo de especial nesta coisa de chegar a um espaço onde existem grandes probabilidades de nas próximas horas os desconhecidos com que o vamos partilhar se tornem amigos ou, vá, pelo menos conhecidos.
Chega-se. Alguns preferem fazer a marcação com antecedência, e para esses o meio de reserva é na maioria dos casos o www.hostelworld.com, o website dominante no que toca a procurar e escolher hosteis. Mas o www.booking.com também inclui muitos estabelecimentos deste tipo e por vezes as condições oferecidas são melhores. Outras, não. É sempre melhor consultar ambos os websites, só para ter a certeza que conseguimos o melhor negócio. Há muita malta, mais amiga do improviso, que simplesmente bate à porta e pergunta se há camas livres, e geralmente há.
Tratada da papelada, alguém nos há-de mostrar as instalações. O quarto, os espaços comuns. Há que aprender as condições gerais… se há chá e café de borla, se o frigorifico pode ser usado. Como é com os cacifos? A porta do quarto fecha-se ou deve-se deixar aberta? Cada um terá o seu guião, os espaços e as ofertas de que se orgulham. Pode ser um jardim interior, um terraço no telhado, uma colecção de videos e de livros. E pronto, chegada a esta fase estamos por nossa conta. Depois, é fazer contactos, se nos apetecer, ou sair para a rua, explorar a cidade sem limites.
Chega a hora da deita e potencialmente os problemas. Os vizinhos de quarto podem ser barulhentos. Ou os do quarto ao lado. Podem, mas geralmente não são. Depois de muitos e muitas noites passadas em dormitórios, apenas uma vez ou outra fui incomodado, geralmente de forma bem acidental e por um curto espaço de tempo. O mais incomodativo pode ser o ressonar, nada que uns tampões de ouvido não resolvam. Mas apesar destes problemas, que têm sido mais potenciais do que reais, continuo fã incondicional do ambiente de hostel. Adoro aquele trocar de impressões e de informação constante. De onde vieste? Para onde vais? Como é aquilo lá? A sério!? Porreiro… e algum sítio que não possa perder? Ah… OK… OK…. óptimo… olha, obrigadão, não me vou esquecer. Ou então os longos serões de volta de uma garrafa de vinho, a conversar sobre as coisas da vida e do mundo com perfeitos desconhecidos, só pelo prazer de o fazer. Há sempre algo a ganhar deste contacto com outros viajantes. Ideias, informação e mesmo alguns bens… aquele mapa que já não é preciso mas a mim vai dar jeito, o bilhete de transportes públicos que ainda está válido por mais dois dias.
E depois, há os próprios colaboradores do hostel, fontes importantes de conhecimento local, geralmente prontos a resolver qualquer problema, a obter detalhes sobre isto ou sobre aquilo caso não detenham a informação de momento.
É curioso observar a que a cultura de hostel muda, ligeiramente, de país para país, e muito mais de continente para continente. Em Portugal são casos sérios, levados a sério pelos seus proprietários, sempre nos prémios dos melhores hosteis do mundo, dominando pela qualidade. Vai-se para a Ásia e tornam-se em pequenos hotéis económicos, com dormitórios mas também quartos que são a preços tão baixos que se tornam padrão.
Se gosto de hosteis? Sim, gosto. Gosto de poupar, de poupar de tal forma que o que deixo de gastar em hóteis, apartamentos, guesthouses e afins, me dá para pagar a viagem seguinte. Gosto de conhecer pessoas e fazer amizades. De ter informação de qualidade. Do ambiente jovem e descontraido. Das diferentes personalidades de cada hostel. De forma que em artigos vindouros vos narrarei algumas das experiências mais interessantes que tive pelos hosteis desse mundo fora.
Artigo do blog Cruzamundos. Mais textos em http://www.cruzamundos.com/
Crónica da Final
Decorreu no passado domingo, 16 de Novembro em Praia do Ribatejo a fase final da Mini-Super Liga 2014.
Depois duma fase Regional bastante competitiva, sobretudo na zona Sul, aguardava-se com enorme expectativa a forma física das equipas que de ano para ano têm vindo a reforçar a qualidade competitiva do torneio. Quis o sorteio que as três equipas vencedoras da fase Regional calhassem todas no grupo B, o grupo da Morte, onde os campeões em título os DNF Sport seriam inequivocamente o alvo a abater.
No grupo A, a outra equipa nortenha, os 20cachar, logo de início demonstraram a sua superioridade face à concorrência, cilindrando o GeoLeiria com um conclusivo 8-1 e praticamente carimbando de imediato o passaporte para as meias-finais, onde os sadinos do GeoMoscatel Roxo lhes fizeram companhia ao vencerem o GeoLeiria por 4-3, depois de estarem a perder por 3-0.
No grupo da morte, os DNF Sports qualificaram-se para as meias finais aviando chapa 4 em ambos os jogos e deixando ao GeoRibatejo A e ao GeoMoscatel Torna Viagem o ónus de demonstrar quem teria mais mérito em os acompanhar. Um jogo muito equilibrado onde bastou um golo dos ribatejanos sem resposta dos sadinos para seguirem para as meias-finais, onde iriam defrontar os 20cachar.
Mais uma vez o GeoRibatejo A viria a cair nas meias-finais (uma sina que os tem acompanhado nos últimos anos), demonstrando ter um futebol insuficiente para os nortenhos que os venceram por um claro 3-0, seguindo directos para a final.
Na outra meia-final, os DNF Sports não tiveram grande dificuldade em ultrapassar com um concludente 5-1 o GeoMoscatel Roxo que na sua estreia numa fase final se mostrou bastante agradado com os resultados alcançados.
Foi sem grande surpresa que a final viu frente a frente as duas representantes do norte, que já no ano anterior se tinham cotado como das mais competitivas em campo. Depois de um arranque fortíssimo dos DNF que se avançaram no marcador por 2-0, os 20cachar ainda conseguiram meter algum equilíbrio e expectativa no jogo, igualando a partida a 2, mas com uma ponta final de grande nível, os DNF Sports estabeleceram o resultado final de 4-2, revalidando o título de campeões nacionais.
Para o Norte seguiu também a taça de melhor marcador. Foi para as mãos do Gueu que com os seus 13 golos apontados se revelou como um importante activo na revalidação do título dos DNF Sport.
Uma palavra de enorme apreço e agradecimento ao Nunogil, que se voluntariou para arbitrar de forma imparcial (apesar de alguns erros de avaliação que eventualmente possa ter cometido e que são parte integrante do jogo) os nove jogos da fase final, servindo também de fisioterapeuta e de psicólogo a alguns jogadores. Vénia!!
Agradecimento especial a algumas pessoas que se empenharam para que esta grande festa tivesse tamanho brilho: GeoRibatejo, em particular a equipa C liderada pelo Sammendes e Afelizardo, às respectivas esposas e a todos aqueles que trabalharam duro durante a semana para nos proporcionarem esta fantástica e deliciosa patuscada onde não faltou absolutamente nada. Tudo delicioso, feito com amor e carinho, de caras!
Um abraço especial para o Daniel Dias que tratou de toda a logística relacionada com a cedência do pavilhão por parte da Junta de Freguesia de Praia do Ribatejo, cujo presidente, Sr. Benjamim Reis serviu também de anfitrião na visita guiada ao museu da freguesia.
Muito obrigado a todos os participantes, jogadores (vencedores e vencidos), apoiantes ou simplesmente espectadores que elevaram o espírito do torneio.
Um último, mas não menos importante obrigado ao patrocinador oficial do torneio, Atelier Melo, pelos fantásticos brindes e formidáveis presentes que abrilhantaram de sobremaneira este torneio.
Para o ano haverá mais, eventualmente noutro local, eventualmente noutros moldes.