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ValenteCruz

ValenteCruz

Saturday, 11 May 2019 17:00

La Ruta!

O regresso, cerca de nove anos depois. A nossa primeira grande aventura! Na altura, ainda iniciantes no geocaching e com muita vontade de descobrir os melhores percursos e locais, La Ruta de los Túneles surgiu como uma obrigatoriedade inadiável. A experiência foi tão incrível como inspiradora e o percurso é absolutamente fantástico! Com o passar do tempo surgiu a vontade de regressar, mas a Valente ia adiando as vertigens. Quando soubemos que a antiga linha ferroviária estava a ser recuperada percebemos que era a oportunidade perfeita.

Depois de no dia anterior andarmos pela arribas do Douro, seguimos manhã cedo de táxi para a estação de La Fregeneda. Desta vez iríamos em sentido contrário. Depois das fotos da praxe, iniciámos a caminhada, que viria a revelar-se de surpresa em surpresa. A primeira foi descobrir que o famoso e longo primeiro túnel estava encerrado. Como alguma imaginação lá conseguimos encontrar uma alternativa.

As obras decorrem céleres, com a colocação de passadiços de madeira sobre as pontes, proteções laterais e placas informativas. A paisagem mantém-se fantástica e cada vislumbre é um motivo de paragem e registo. Mais à frente encontrámos o também famoso túnel dos morcegos encerrado, com um percurso alternativo já referenciado oficialmente. Estávamos então prestes a entrar na zona mais impressionante, com pontes curvas que entram em túneis por penedos adentro. Naturalmente, o facto de as pontes já terem passadiços seguros faz com a experiência seja menos impactante. Na primeira travessia tínhamos pouco espaço para testar as vertigens. Assim ganha-se em segurança e isso talvez valha por todas as sensações.

Já perto do final encontrámos alguns trabalhadores e descobrimos que não era boa ideia prosseguirmos pela linha, por estar interdita enquanto decorrem as obras de recuperação, algo que por vontade inadiável ou desatenção não nos tínhamos apercebido. Resolvemos então fazer um desvio e fomos apanhar o GR 14 - Arribas del Duero, que nos devolveu a Portugal. Felizmente já tínhamos passado a parte mais fantástica da rota e o percurso, ao aproximar-se do Douro, também se torna muito interessante. Terminamos encantados pelo regresso a este monumento natural, redesenhado pela engenharia humana. Foi ótimo voltar a este lugar onde já tínhamos sido felizes e que tão boas recordações nos traz!

Artigo publicado em cruzilhadas.pt

Sunday, 05 May 2019 17:00

Douro das Arribas

Em busca das melhores vistas das arribas sobre o Douro, ainda do lado português, arrepiamos caminho até ao miradouro do Carrascalinho. Desde a aldeia de Fornos, seguimos pela estrada, que inicialmente parecia suspeita, mas que nos levou a bom porto. Neste caso, literalmente, a bom miradouro. Estacionamos na rotunda improvisada e prosseguimos a pé. Rapidamente chegamos à arriba e ficamos impressionados com a magnificência da paisagem. Este Douro faz-nos sentir muito pequeninos, com as encostas escarpadas e uma linha de água que forjou o seu caminho por entre a rocha ao longo de milhões de anos. Como o céu estava a ameaçar, as fotos e as vistas foram-se precipitando e não pudemos aproveitar o local quanto desejaríamos. Ficamos curiosos com a existência de uma casa em ruínas perto do local. Apesar do acesso condicionado, a paisagem convida a ter um domicílio por ali.

Seguindo no trilho das arribas do Douro, fizemos mais uma paragem no miradouro do Salto de Saucelle. Findos os trabalhos da construção da barragem, o local parece ter-se revitalizado pelo visível interesse turístico. Continuamos depois para o Mirador del Fraile. As imagens que tínhamos visto eram suficientemente promissoras, mas ainda assim ficamos assoberbados com a imponência do local. Provavelmente, é o lugar mais impressionante do Douro, tanto pelos rochedos íngremes que sobem desde o leito do rio para os céus, como pela engenharia humana em ali criar uma barragem entre os contrafortes ibéricos. Estando no miradouro, a vertigem embrenha-se na alma de tal maneira que começam a faltar palavras para descrever o abismo. Entre fotos e contemplações, regressamos ao carro e prosseguimos para o Salto de Aldeadávila, ansiosos pelas vistas a jusante da barragem. Apesar de estar ali a 200 metros, a volta de carro ainda demora uns minutos, até porque a subida final parece serpentar até às nuvens. Chegados ao promontório, continuamos a pé em direção aos miradouros. Foi então que o vale surgiu inteiro, com um enorme espelho de água sustido pela barragem. Ficámos ainda intrigados com uma construção abandonada situada a meio da encosta escarpada que existe do lado português. O acesso parece muito difícil, mas as vistas devem compensar.

Para terminar o périplo pelas arribas, saímos do Douro e fomos até ao Pozo de los Humus, onde as águas do rio Uces se despenham numa cascata com cerca de 50 metros e criam um poço com quase outros tantos metros profundidade. A visita no inverno deve ser mais impressionante pela quantidade de água e pela névoa, mas na primavera também tem o seu encanto. Qualquer que seja a altura, é imperativo ir à estrutura suspensa sobre a lagoa, tanto pela visão da cascata como pelas sensações vertiginosas.

Artigo publicado em cruzilhadas.pt

Saturday, 20 April 2019 10:00

Pela Barca em Santo Antão

Em rota para uns momentos alargados junto ao Douro Internacional, decidimos passar por Santo Antão da Barca de Alfândega da Fé (GC5EAYH). A curiosidade tinha sido desperta há alguns anos atrás numa passagem pela ponte a montante e numa altura em que a albufeira praticamente ainda não existia. Ao contrário do que supúnhamos, o acesso ao local não é directo desde o IC e a estrada de terra ainda dá algumas voltas. À medida que íamos descendo começaram as paragens para fotografar e apreciar as vistas, que são verdadeiramente sublimes.

Chegados ao santuário, começamos por percorrer o espaço, contornando o espelho de água. Para onde quer que se olhasse apetecia tirar uma foto. As barragens deixam-nos sentimentos mistos. Por um lado fazem desaparecer locais interessantes e podem ter um grande impacto natural; por outro lado compreendemos a utilidade energética e permitirem ainda o aparecimento de albufeiras espetaculares, como esta do mítico Sabor, um rio que já ofereceu grandes aventuras pelas suas margens inóspitas.

O espaço parece oferecer excelentes condições. Ficamos inclusive com a sensação que poderá estar a ser desaproveitado, quer pela existência de estruturas sem uso, como pelo já referido acesso deficitário. Seja como for, o local tem todas as condições para se tornar num excelente pólo turístico da região. Aproveitando que já passava do meio-dia e a viagem ainda ia a meio, decidimos estender a toalha e almoçar por ali. No final, subimos o monte e fomos fazer mais alguns registos, tanto fotográficos como geocachianos. Para mais tarde recordar e regressar!

Artigo publicado em cruzilhadas.pt

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