18de Fevereiro,2025

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PauloMelo

PauloMelo

Wednesday, 10 April 2019 22:27

Ásia 2017 – Dia 51 – Yogyakarta

Acordei, a Felicia ainda dormia. O tempo continuava chuvoso. Tomei o pequeno-almoço, as duas doses de tofufa que tinha comprado a mais na véspera. A minha amiga levantou-se para se despedir de mim. Estava na hora de deixar para trás este local onde fui tão feliz durante estes dias. Maravilhosa Singapura, ao contrário de todas as previsões, sobretudo de outras pessoas, adorei passar por aqui. Gostei de tudo. Do oásis de organização e salubridade a meio de uma viagem asiática de quase três meses, do cruzamento de culturas, da facilidade com que tudo acontece, e mesmo dos preços, dos famosos preços de Singapura que afinal não são assim tão maus.

 

Caminhei pela última vez para o Metro. Ficou aquela saudade antecipada de se ver pela última vez um local onde se esteve tão bem. Fiz o caminho da chegada, hoje de forma invertida. Mudar de metro, fazer o último troço, que funciona como um ramal, até ao aeroporto. O voo para Yogyakarta seria uma coisa simples, uma travessia directa que demoraria pouco mais de uma hora.

E a chegada, um novo país, sempre aquela emoção irracional que sinto quando entro num novo país. Uma fronteira fácil, não é necessário visto para a Indonésia, apenas o passaporte e receber o tal carimbo e de repente estou na rua, a enfrentar o calor, talvez mais intenso do que em Singapura. Continuo a gostar da Air Asia, uma companhia low cost simpática e descomplicada, com políticas agradáveis e aviões com interiores de qualidade.

 

Foi um pequeno drama para encontrar a paragem de autocarro à saída do terminal. Talvez porque não sendo longe, não é bem no terminal. É preciso sair um pouco, mas está logo ali. Para quem a vê. No meu caso, fui dar uma volta enorme, literalmente, caminhei em círculo e depois de uns 500 metros, estava a entrar na zona outra vez, graças a um autocarro que vi entrar e que segui. Suava, tanto, que me podia afogar em suor. Calor, hora de máximo calor, carga máxima às costas e aquelas andanças com uma pontinha de stress. Quase que uma “tempestade perfeita”.

Lá cheguei e aquilo não era bem uma paragem no sentido que geralmente entendemos. Era mais uma plataforma elevada, com uma cancela, como uma micro estação de metro. Paga-se ao entrar e depois espera-se lá dentro que chegue o autocarro que queremos. Que no caso de Yogyakarta também não é bem um autocarro, mais uma carrinha grande. Com a ajuda do pessoal de serviço, meti-me na que me convinha, que passava na Maliboro, a avenida principal da cidade e perto da qual vou ficar num hostel.

 

Foi simples encontrá-lo, depois de quase ter sido enganado, o que não é muito fácil. Nada de especial, uma treta que pretende angariar turistas para locais onde se vendem quadros e decidos estampados com uma técnica geralmente conhecida como Batik. E a conversa é que há uma exposição de artistas, que a entrada é livre, e que hoje é o último dia… cria-se uma sensação de urgência na pessoa que acaba por ir com quem o aborda. Não é uma burla nem nada disso, mas tem que se levar com a tentativa de venda. Estive quase a engolir, mas pressenti algo na insistência e baldei-me.

Gostei logo do hostel, perto mas numa rua sossegada. Gostei do ambiente, da decoração, do dormitório. Escolhi bem! Vou passar aqui uns dias, tirei-os para abrandar um pouco e ainda bem. Comprei uma cerveja bem gelada de meio litro, que é cara. A cerveja é cara na Indonésia. Custou 3 Euros. Mas valeu cada cêntimo. Descontraí, recuperei. Saí para a rua, a chuva ameaçava, caía de vez em quando.

 

Não fui muito longe, desci a avenida até ao fim, dei meia-volta, tornei a percorrê-la, até ao topo, visitei a estação de comboios, ali perto, só porque sim. Pelo caminho aventurei-me num mercado que estava a fechar, já com muito poucos vendedores, e negociei alguma fruta, uma variedade cujo nome não sei e que é relativamente comum nesta parte do mundo. Há quem lhe chame “olhos de gato”.

A noite estava a cair. A rua Maliboro cheia de gente. Artistas de rua. Turistas nacionais, pessoas que saem do trabalho. Um ambiente louco. Foi das melhores memórias que guardei da cidade, este fervilhar. Quando regressei já era de noite. Mas ainda houve tempo para uma experiência memorável, que conto em detalhe aqui. Em “casa” petisquei alguns mantimentos que ainda tinha e parte da fruta que comprei, até porque não tinha encontrado nenhum sítio onde pudesse comprar mais comida a meu gosto.

Artigo do blog Cruzamundos. Mais textos em http://www.cruzamundos.com/

Friday, 05 April 2019 10:00

GeoFoto Abril 2019

O primeiro GeoFoto da Primavera de 2019 tem como tema "Árvores". Foi esta a proposta do vencedor da edição de Março com esta foto:

Parabéns tiago.david pela foto!!

Acompanhem o passatempo aqui.

Wednesday, 06 March 2019 17:00

Ásia 2017 – Dia 45 – Brunei

O único dia completo no Brunei, e como viria a perceber, só metade dele teria sido suficiente para esta visita. Até acordei bem disposto. Dormi bem, como não acontecia há muito tempo. A cama era confortável, as imediações eram silenciosas e a ventoinha de tecto oferecia um fresquinho bem bom.

Comi qualquer coisa, a anfitriã saiu. Deixei-me estar um pouco mais na preguiça. Saí às 8 horas, caminhei até à paragem de autocarro, esperei um pouco, não muito, e logo apareceu o mini-bus para o centro da cidade. “So far so good”.

Só que a capital do Brunei é mesmo… pequena. Quer dizer, é uma cidade de 100.000 habitantes, mas a população está dispersa, há ocupação em grande área, no que toca a habitação e tecido económico. Mas o centro, é basicamente inexistente e desprovido de pontos de interesse. Se disser que em 10 minutos se dá a volta completa, não estou a exagerar. Atrações? Não há. Ah! A mesquita que vi na véspera. Um museu com património do Sultão. E mais… hum… nada.

Bem, mas a verdade é que não comecei por aí. Queria espreitar um pico com uma antena que tinha visto à entrada do centro da cidade. Saltei para fora do autocarro e ataquei a subida íngreme… mesmo íngreme. Com calor tropical, muita humidade, o suficiente para me deixar a escorrer. Cheguei lá acima para descobrir duas coisas: uma, que a vista não era nada de especial, a outra, que se iniciava ali um trilho de caminhada pela floresta, o que achei uma excelente ideia. Isto não estava no plano mas não consegui resistir. Pelo menos um bocadinho. Fui andando, e foi bom. Para ser sincero, foi o melhor do Brunei. Suei, suei e voltei a suar, tanto que me lembro apenas de uma situação assim, em São Tomé. Não sei de onde vem tanta água, como é possível. Uma pessoa escorre, com esta humidade. Andei uns 2 km em cada direcção. Com tempo teria progredido mais, mas estava tão suado, quer dizer, o “mal”, já estava feito, mas não me imaginava a andar pela cidade depois de uma caminhada na floresta.

Vi macacos, mesmo ao pé de mim, numa árvore. E mais macacos, um pouco mais longe. Vi também um esquilo. Subi e desci, diverti-me. Mas chegou a altura em que decidi voltar para trás.

Já na cidade descobri o que já disse: que é completamente desprovida de interesse. Levantei dinheiro – a mais do que viria a necessitar mas felizmente o Dólar do Brunei é usado em Singapura e vice-versa – comi um “Blizzard” no Dairy Queen, de banana e morango, que tanto tinha gostado no Vietname. Mas este era diferente e nem isso me deu grande gosto.

Pensei em ir à aldeia sobre estacas, do lado de lá do rio, mas três coisas me desmotivaram: a atitude dos barqueiros, o estado agitado da água e a velocidade a que eles andam. Fiquei só a olhar, ainda a hesitar, mas não.

Visitei o posto de turismo e o seu simpático funcionar, basicamente a única pessoa simpática e agradável com que me cruzei no Brunei (ah não, houve outra!). Mas o que ele me sugeriu já eu tinha visto.

Usei os meus 30 minutos de acesso Wi-Fi gratuito, dei mais umas voltas, memorizei alguns pontos – restaurantes, lojas, etc – e… voltei para casa. Estava o Brunei visitado.

Deixei-me estar a acertar trabalho, dormi, escrevi, li. E li mais. Fiz uma pausa na ronha para ir ao supermercado local comprar abastecimentos para o jantar e pequeno-almoço seguinte, comi, soube-me bem, voltei à ronha. A passagem pelo Brunei não foi um falhanço. Não gostei nada daquilo e menos ainda das pessoas, mas o descanso soube-me bem e permitiu-me colocar o diário em dia.

Artigo do blog Cruzamundos. Mais textos em http://www.cruzamundos.com/

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