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23 July 2017 Written by  Rui Duarte

Castelo do Rei Wamba

Nesta edição visitamos a lindíssima região de Vila Velha de Rodão para trazer para as páginas da revista um singelo castelo, um com uma vista privilegiada sobre o Monumento Natural das Portas de Ródão, ex-libris natural da zona. Acaba por ser interessante que, numa zona tão conhecida como esta do Rio Tejo, o castelo em si seja relativamente desconhecido.

O castelo, composto por pouco mais que uma torre-atalaia, normalmente conhecida como torre de menagem, pelas muralhas e por um templo religioso, o da Nossa Senhora do Castelo.

Sobre a fortificação pouco se sabe e como usualmente acontece nestes casos, há várias "teses". A mais disseminada é a de que o local foi habitado por um rei visigodo chamado Wamba, nome pelo qual é conhecido o castelo. 

Outros historiadores sugerem que a ocupação da zona remonte às invasões muçulmanas da Península Ibérica... nem sequer é consensual que a torre tenha sido erguida já no sec. XII ou XIII pelos Templários.

A única coisa que se pode apurar em todas as fontes que se consultem é a existência de uma lenda relacionada com o Castelo e o último grande rei dos Visigodos. A Lenda do Rei Wamba.

"Nas portas de Ródão do lodo do Beira Baixa (Norte do Tejo) vivia um Rei que tinha lá um Castelo que se chamava Rei Wamba e que dominava este lado. Este era um guarda avançado da Egitânia (Idanha-a-Velha). O lado de lá era dominado por um Rei Mouro.

A mulher do Rei Wamba perdeu-se de amores pelo Rei Mouro e este para a raptar tentou fazer um túnel que passaria por baixo do Tejo para a poder ir buscar.

Os cálculos do Rei Mouro foram mal feitos e o buraco saiu acima do nível das águas (conforme ainda se pode ver). A mulher do Rei Wamba entrou em pânico e o Rei Wamba descobriu a finalidade do buraco.

O Rei Wamba vendo a paixão que ela manifestava pelo outro, ofereceu-a então ao outro Rei como presente, mas sendo atada à mó de um moinho, rolando pelas encostas até ao rio Tejo. Pelo sítio onde passou a mó com a mulher do Rei Wamba atada nunca mais nasceu qualquer vegetação, conforme hoje ainda se pode verificar no local."

Fonte - http://www.lendarium.org/narrative/lenda-do-rei-wamba/?tag=775

Bem, há algo mais que se pode apurar com alguma facilidade, é a existência no local de um par de excelentes caches que, caso fosse necessário algo mais que a fabulosa paisagem e as suas enormes aves de rapina residentes, Abutres e Grifos, clamam pela nossa visita. A velhinha Far away, so close [GCF508] dos também míticos Greenshades e a Castelo de Ródão, Castelo do Rei Wamba [GC1NRAR] dos Candeia.

Gostava muito, mesmo muito, de poder falar um pouco destas duas caches mas a verdade é que não encontrei nenhuma delas aquando da minha visita ao local. A mais acessível estava interdita devido à presença de muglles, que não arredaram pé, e a dos Greenshades era demasiado desafiante para a ocasião. Lanço aqui o repto aos nossos leitores: que tal um pequeno artigo em nome próprio para uma próxima edição!? ;)

Artigo publicado na GeoMagazine#26.



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