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10 October 2016 Written by  Btrodrigues

Caminho de Santiago

À data que inicio, mais uma vez, este artigo, passaram já três meses sobre o momento em que iniciei uma das mais interessantes aventuras da minha vida. Perdi a conta aos parágrafos que escrevi entretanto e que deitei fora, frustrado com a candura e superficialidade com que aflorava o tema. Passaram três meses e encontro-me agora a mais de 600 Km do sítio onde iniciei a minha aventura, mas a 50 metros de onde escrevo estas palavras existem setas amarelas pintadas no chão pelas quais passo todos os dias e que mo recordam. Como se fosse fácil esquecer tal coisa.

Há cerca de cinco anos estava temporariamente colocado na Galiza em trabalho. Durante uma breve visita a Santiago de Compostela, fiz um pequeno passeio guiado pelo seu centro histórico, tomando conhecimento de algumas das suas histórias e lendas e refrescando outras quantas. Decidi então que tinha que sentir tudo aquilo que me estava a ser transmitido de uma forma mais genuína. Que havia de chegar à Praça do Obradoiro pelo meu pé e com uma mochila às costas, com uns quantos quilómetros nas pernas. Tinha que perceber o que era terminar um "Caminho de Santiago".

A vida dá muitas voltas. Perdi a conta aos testemunhos de pessoas como eu que adiaram o seu "Caminho". Que acabaram por não o fazer como, quando ou com quem o planeavam. Os cerca de 260 Km que percorremos estão cheios de provas disso. Entre as voltas da vida, consegui uma janela de disponibilidade, aprovação familiar e companhia. Como é que se prepara um caminho? A informação, a título institucional e originada nas múltiplas associações de simpatizantes e utilizadores dos Caminhos de Santiago é exaustiva e profícua - muitas vezes redundante e até confusa, com um risco inerente de estar desactualizada. Existirão dezenas de blogs pessoais que detalham a experiência de cada um, mais ou menos factual, mais ou menos introspectiva, que merecem uma leitura rápida. No Facebook, há pelo menos dois grupos bastante activos e participativos que dão boas dicas. Optei por não complicar muito e escolher 10 pontos de passagem para outros tantos dias ao longo do chamado Caminho Central Português, deixando dois dias de parte para qualquer imprevisto. Após afinar as datas um par de vezes, ficou assente. Às 6 da manhã de 4 de Maio encontrava o Ricardo e o Basílio na Gare do Oriente para uma viagem mal dormida no Alfa Pendular, uma mudança de comboio até São Bento, um saltitar frenético até à Sé do Porto para estrear a credencial de peregrino e calcorrear os primeiros quilómetros na senda das setas amarelas. 

 

"Peregrino" é uma palavra estranha. Origina no latim peregrinus, "que vem de terras distantes, estrangeiro, exótico, estranho". Diz-se do que anda em viagem a um lugar santo ou de devoção. A definição no dicionário nada indicia sobre o que leva à tal viagem, mas é comum assumir-se que é por devoção. Que fique aqui explícito que não me parece que algum de nós três o tenha feito por motivos religiosos, nenhum de nós é praticante. Se há coisa em que acredito de resto, é que o âmbito do “pietis causa” necessário para obter a Compostela tenha ao longo do tempo sido aligeirado, passando a incluir como motivações para fazer o Caminho, para além do "Espírito Cristão", os motivos espirituais e de busca interior. Da folha do questionário que preenchi para receber o dito "diploma", a coluna "motivos religiosos" estava ostensivamente vazia, enquanto os "motivos espirituais" e "turismo" estavam bem populados (curiosamente, nas estatísticas oficiais, a separação é feita pelas seguintes categorias: "religioso e outros", "religioso" e "não religioso").

Há peregrinos de todas as idades e de todas as origens. Há os que caminham com a casa às costas e há efectivamente os "turigrinos", espécie odiada que caminha ocasionalmente, em regime de pensão completa e que é transportada de minibus quando o terreno se torna um desafio. Topam-se à légua, de passo ritmado e sem mochilas à vista, roupa engomada e máquina fotográfica em punho. 260 Km não são para meninos e encher uma mochila para 12 dias em autonomia é a primeira prova de esforço. Já partilhei com a Geomag o conteúdo da minha mochila. Aquilo que me parecia o mínimo essencial revelou-se demasiado. Ao fim dos 30 Km do primeiro dia, ao chegar a São Pedro de Rates, tinha dores terríveis na coluna cervical. Foi altura de nos tornarmos um bocadinho turigrinos e recorrer, daí para a frente, a um dos inúmeros serviços que fazem transporte de mochilas entre albergues (que faria o transporte de uma mochila com os itens mais pesados e reduzindo para algo mais confortável o que transportávamos connosco).

O momento da chegada a cada um dos albergues a que recorremos foi, sistematicamente e sempre por motivos diferentes, um dos momentos chave do dia. Estas pequenas vitórias diárias permitiam-nos então desligar o conta-quilómetros por umas horas, tomar um duche retemperador e garantir um local para nos podermos deitar e descansar. Os locais por onde passámos eram na sua maioria edifícios históricos reconvertidos em albergues, com muito boas condições (considerando o custo, quase nunca superior a 6 euros), mas alguns locais deixaram algo a desejar - ao ponto de termos que procurar alternativa na vasta oferta privada que existe nos principais centros urbanos ao longo da rota. E como é um albergue? É abdicar totalmente do espaço pessoal. É dividir uma camarata com dezenas de pessoas que conhecemos vagamente. É uma saída da zona de conforto a que o caminho nos obriga. Faz parte. Após recuperadas as forças, era altura de vestir e calçar algo mais confortável e ir em busca de uma refeição lauta e bem regada, reencontrando as caras conhecidas no caminho e partilhando as conquistas do dia, quase sempre em amena e bem-disposta cavaqueira multi-cultural e multi-linguagem.

Um dos factos curiosos desta experiência foi a pluralidade de faixas etárias, sociais e nacionalidades que encontrámos ao longo dos seus doze dias. Enquanto caminhámos em solo nacional, foram raros os portugueses de mochila às costas com que nos cruzámos (no caminho ou nos albergues). Encontrámos muitos estrangeiros que tinham iniciado o caminho, tal como nós, no Porto, optando pelo Caminho Central em detrimento do Caminho da Costa. Chegámos inclusivamente a encontrar alguns que tinham iniciado o Caminho Central em Lisboa, com passagem por Fátima. Aparentemente, a maioria dos peregrinos de origem portuguesa preferia no entanto iniciar o percurso junto à fronteira Valença-Tuy. Perguntámos aqui e ali, surpreendidos. A razão é absurda e simples, passa sistematicamente pelo "já conheço bem o meu país". É redutor, apercebemo-nos. Em Portugal, o "Primeiro Itinerário Cultural Europeu”, segundo o Parlamento Europeu e Património da Humanidade, declarado pela UNESCO, não se limita às cidades do Porto e Barcelos, a Fortaleza de Valença ou à travessia do Rio Lima pela ponte que dá nome à vila. Há pequenos tesouros como S. Pedro de Tamel, a travessia da Serra da Labruja, há toda uma componente cultural milenar que não pode ser negligenciada, por muito maltratada e/ou mal documentada que esteja à data. No mês de Maio, 20% dos peregrinos que chegaram a Santiago fizeram-no pelo Caminho Português, valor que só é batido pelo Caminho Francês (com 65%) [2] - talvez fosse altura das edilidades e associações locais perceberem a importância destes valores... digo eu, aqui à distância.

 

Tenho a cabeça cheia de frases soltas. Não sei se são minhas, se são frases soltas que guardei no bloco de notas ou se são ecos de todos os artigos, relatos, filmes e livros que me passaram pelos olhos entretanto. Toda a gente me diz que o caminho é meu, que cada um faz o seu caminho e que vai demorar um tempo a perceber a razão de o ter feito e a recolher os frutos de o ter conseguido terminar. E depois dizem-me que o caminho ainda não acabou, que o faço todos os dias. Confirmo, passa-me pela cabeça muitas vezes. Recordo-o quase todos os dias.

Como é o caminho? Bom, onde o caminho conseguiu resistir e fugir aos centros urbanos, a beleza do percurso é por vezes indescritível - não há fotografias que lhe façam justiça. As aldeias e os campos a perder de vista... Onde o caminho se desenrola ao longo de estradas movimentadas - muito frequente, todo o cuidado é pouco e os acidentes são habituais. Não há margem de manobra para lirismos, há que manter a atenção. Torna-se difícil fazer um relato exaustivo de tudo o que se faz e de tudo o que se sente. Está-se a caminhar a um ritmo confortável, mas os episódios e as peripécias sucedem-se a um ritmo alucinante e é impossível registar tudo. Ou então a conversa desenrola-se e aprecia-se com aquela tranquilidade própria de quem não tem, efectivamente, mais nada que fazer senão caminhar e divagar. Apreciar. O caminho e as fontes e as pontes estão ali há centenas de anos. Tudo converge para o que realmente faz o caminho na minha opinião: as pessoas.

Cruzamo-nos com centenas de pessoas no caminho. Dizemos "Bom caminho!" e tentamos adivinhar-lhes a nacionalidade, tirar-lhes a pinta. Há sempre conversa de circunstância, o banal. Perguntar a alguém de onde é, onde iniciou a sua viagem e o que o/a leva a fazê-la é um desbloqueador de conversa eficaz. Afinal de contas, são pessoas como nós, temos em comum arrastarmo-nos desde as 6 da manhã com uma mochila às costas. Cruzamo-nos com as mesmas pessoas nos bares e restaurantes dos sítios onde paramos e sorrimos. Reconhecemo-nos. Temos uma espécie de aperto de mão secreto. Horas depois, estaremos a pedir licença às mesmas pessoas para desviarem o seu estendal improvisado com bastões para podermos subir para o nosso beliche ou a pedir para partilhar uma ficha para carregar o telemóvel. Muitos de nós irão ressonar e manter acordados um ou outro. A bem ou a mal, criam-se laços. E embora saibamos todos que caminhamos no mesmo sentido e em direcção a um único destino, as passadas são diferentes, uns irão sair mais cedo pela manhã e outros irão ficar por ali a descansar. Sabemos que o albergue ficará cheio e que alguns terão que procurar outro sítio onde ficar. A garrafa de vinho que partilharam connosco ao jantar poderá ter sido a última, a fotografia que tirámos todos será a última prova que alguma vez estivemos juntos. As pessoas cruzam-se e desencontram-se espontaneamente e muito dificilmente se conseguem voltar a unir. Apercebemo-nos disso demasiado tarde. O caminho imita a vida. Perdemos muitos pelo caminho, mas mantemos a Lale, a Kim, a Jordyn, a Fernanda, o Ben, a Don, a Judith, o Allan, a Mary Jane, a Molly, a Helga, a Julieta, a Francesca, o Mario, o Luigi, a Mónica, a Kate, o Chris e o Lucas. Manteremos estes nomes marcados na memória para todo o sempre.

Passam-se os dias assim. Bem acompanhado, bem alimentado - que bem que se come na Galiza! - e bem hidratado. Quem se faz ao caminho a pensar que vai fugir da rotina cedo se apercebe que, sem querer, está na mesma sujeito a elas. Em vez de um despertador de madrugada, temos uma camarata inteira a tentar arrumar coisas em silêncio para sair (e a falhar redondamente). Repetimos-lhe os gestos como autómatos. Preparamos as bolhas que temos nos pés para mais um dia na estrada. Deixamos a mochila algures, na esperança que alguém a apanhe como prometido e a possamos encontrar noutro sítio qualquer ao final do dia. Tomamos um pequeno-almoço à pressa porque não queremos ser os últimos a começar a caminhar e não ter ninguém por perto com quem ir falando. Paramos à sombra para ver as vistas, para comer e beber qualquer coisa. Tiramos fotografias (mentais e das outras). Gracejamos. Prosseguimos. Ultrapassamos os outros, ultrapassamo-nos nós próprios, que nunca na nossa vida imaginámos fazer isto tudo (quem sabe mais?) a andar. A ver a distância a ficar cada vez menor - até chegar ao quase nada. Ao "amanhã". Amanhã chegamos finalmente a Santiago.

 

E para quem chega a caminhar 30 km por dia, há quem propositadamente altere os planos para ficar a muito menos que isto de Santiago, para no "último" dia poder lá chegar bem cedo e disfrutar com mais calma do momento. Não foi o nosso caso, e as últimas dezenas de quilómetros foram feitas tranquilamente, sob aguaceiros brutais e já com algum desgaste físico e mental acumulado. Revêem-se mentalmente os motivos que nos levaram a embarcar naquela loucura e pensamos "agora não importa". Não há nada no corpo que nos vá doendo que não tenha já doído assim ou pior - tem sido assim há dias. Parar para almoçar tranquilamente? Nem pensar. Com o destino ali tão perto? Falta muito? Pedras no caminho? Guardo todas. Um dia havemos de lá chegar e será hoje. Loucura? Loucura é beber a água da chuva, não vá ela entrar pelas costuras do poncho. ¿Donde coño está el rio Louro? Falta muito? Os marcos que assinalam a distância desaparecem ou enviam-nos para todos os lados, quando nunca estivemos tão perto do destino marcado. Já devíamos ter chegado. Quando menos esperamos, há uma referência visual que recordo da minha primeira visita: As Duas Marias (e um DNF que finalmente vinguei). Estamos mais perto do que pensávamos. Vemos rostos familiares. Confirmamos em português nortenho que chegámos. A catedral é já ali.

Podia haver uma corrida apoteótica e alucinada. Podia, mas estamos demasiado cansados. Há um silêncio sepulcral mascarado de mini-êxtase na forma como nos aproximamos de um spot livre na Praça em frente à Catedral para tirar uma selfie panorâmica, para eu fazer Bruning à vontade, para cada um telefonar à família e dizer que chegou bem. Há um sentimento de termos cumprido um desafio imenso sem complicações de maior (bem, essa é a versão oficial) e de nos termos divertido imenso no processo, há um abraço de grupo, mas surpreendentemente nada de efusivo. Estamos mesmo esgotados e a precisar de uma pausa para processar bem toda aquela informação. Almoçar talvez fosse boa ideia - talvez o cansaço fosse na realidade uma fome galopante e um desejo lancinante de nos atirarmos a um pulpo à galega...

Yo no creo em brujas, pero que las hay... Safamo-nos por uma unha negra de caminhar uns significativos quilómetros extra (à chuva!) na busca da mochila e do albergue porque o restaurante onde iríamos almoçar estava fechado para obras e no regresso do mesmo tropeçamos no albergue para onde a mochila tinha sido mesmo enviada. Nota mental para os próximos: confirmar duas vezes as moradas e as localizações GPS dos sítios relevantes. Fazer marcações sempre que possível e confirmá-las com antecedência.

Encontramos mais caras conhecidas. Alojamo-nos no albergue do Seminário Menor, que é grande e imenso e bem organizado. Quartos individuais, o luxo. Luxo é mais uma vez o duche quente e retemperador, voltar ao centro a tempo de encontrar a Oficina do Peregrino, transformar a credencial agora repleta de carimbos na tão almejada Compostela e ainda conseguir assistir à Missa do Peregrino na Catedral e ao ritual do Botafumeiro. O Botafumeiro é um mecanismo com 53 kg que é carregado com incenso, suspenso por um conjunto de cordas e baloiçado habilmente por oito homens, num movimento pendular pela nave da catedral, lançando o incenso queimado e fazendo voos rasantes a cerca de 70 Km/h por cima da audiência. Com todos os desvios ao planeamento inicial, conseguimos chegar num dos poucos dias em que este ritual secular tem lugar.

Desenganem-se se pensam que Santiago vive só da peregrinação ao túmulo do apóstolo. Não muito longe do centro ergue-se, com a sua arquitectura futurista, um complexo cultural e de entretenimento que merece uma detalhada visita, a Cidade Cultural da Galiza. A universidade de Santiago de Compostela é uma das mais antigas do mundo e não é difícil encontrar, pelos seus becos e ruelas, paralelos com as nossas próprias cidades universitárias. Os claustros estão abertos ao público e estão convertidos em galerias de arte ao ar livre. As tunas passeiam-se pelas ruas e dão concertos espontâneos debaixo das arcadas, com a catedral ali à espreita. Não é de estranhar portanto o pout-porri de gente que popula até altas horas os bares, os restaurantes e as tascas que se amontoam a cada porta na Rua do Franco, Rua do Vilar e Rua Nova. É por ali que jantamos e reencontramos mais uma vez muitos dos amigos que fizemos ao longo destes dias. E que fazemos as inevitáveis despedidas.

Não foi pela ressaca monumental nem por falta de vontade ou força nas pernas que não nos fizemos no dia a seguir ao caminho em direcção a Fisterra, a cerca de 100 km a oeste de Santiago de Compostela. À falta de tempo (são necessários 3 a 4 dias), tivemos que remediar com uma visita de autocarro. Passamos confortavelmente mas com muita inveja por dezenas de peregrinos. O ponto outrora conhecido como "o fim do mundo" é o destino final de muitos, decalcando os percursos ancestrais e rotas anteriores à era cristã a (diz-se) um templo pagão ali existente. Este percurso e a lindíssima envolvente do seu ponto final são fonte de inúmeras lendas e costumes: a queima das roupas e botas de caminhada, o banho purificador no mar e a contemplação do mar, do Atlântico em todo o seu esplendor. É aqui que respiramos fundo e ficamos sem fôlego porque o vento nos entra pelo corpo cansado adentro sem que ofereçamos resistência. É aqui que encontramos o marco com a distância "0.0", que marca para muitos o (verdadeiro) fim do caminho, o fim da aventura, o reencontrar das famílias, o culminar de um grande esforço. É impossível ficar indiferente à atmosfera que se vive. É impossível estar ali e não sentir a mística do local. O "ponto zero", para muitos (para mim próprio, há que admiti-lo), é o ponto inicial de algo mais, de uma nova etapa, de um novo desafio, de um novo caminho. Um destes dias.

Ultreia!

(Um grande agradecimento ao Basílio e ao Ricardo, sem os quais nada disto tinha acontecido. )

 

 

Apesar de não ter sido sido uma caminhada feita em função do geocaching, não abdiquei de levar o GPS carregado com algumas geocaches. Tendo uma boa ideia do trajecto a fazer, usei a funcionalidade "caches along a route" para fazer uma pequena selecção. De todas as caches por onde passei e às quais dediquei um pouco de tempo, eis uma pequena selecção:

GC1WM7D - Portas da Maia - Esta geocache fica literalmente no meio do caminho e leva-nos a conhecer um monumento que está relacionado com a antiga divisão geográfica do país. Este pormenor passaria despercebido se não fosse o texto da geocache.

GC5JY19 - Santiago Maior - Uma das geocaches que encontrámos pelo caminho nos inúmeros monumentos dedicados aos peregrinos. Deu algum trabalho a encontrar.

GC624H8 - Casa do Lavrador - Esta geocache já esteve colocada no recinto do albergue de S. Pedro de Rates, onde está o núcleo museológico que lhe dá o nome e que tivemos oportunidade de espreitar. Um dos containers mais engenhosos que encontrámos.

GC4PYQW - Mítica Labruja - Seria impossível escrever estas linhas sem mencionar esta geocache, a culminar a subida íngreme e de progressão difícil. Dizem que a vista é linda, mas naquela manhã chovia e a neblina não permitia apreciar a paisagem devidamente.

GC5B4H0 - La catedral de Tui 2.0 - Esta geocache atravessa-se (literalmente) à nossa frente e fica a uns passos do Albergue de Tuy. Aproveitem para visitar a Catedral, se estiver aberta, porque é lindíssima.

GC40RR7 - Batalla de Pontesampaio - Embora nos tenha "oferecido" um DNF, a história da curiosa ponte por cima do Rio Verdugo por onde passámos e da batalha que herdou o nome da pequena localidade que ali se apresenta teria passado com certeza despercebida.

GC3C1VT - Iglesia de la Peregrina - Pontevedra é das cidades que mais gostámos de explorar à passagem do caminho. O centro histórico está recheado de monumentos, estátuas e recantos escondidos referenciados por geocaches como esta, que ajudam a enquadrar os motivos históricos e a dar informação relevante sobre os mesmos.

 

GC3BFGP - Puente 5- Puente del Burgo - À saída de Pontevedra, uma engenhosa geocache com uma vista curiosa sobre o Rio Leréz. Passa despercebida a todos, mas os olhos treinados de um geocacher detectam-na de imediato.

GC2MV25 - Puente Romano do río Bermaña - Uma geocache com vista para o Albergue de Caldas de Reis, colocada numa ponte romana engenhosamente construída e que resiste ao tempo como poucas.

GC2GR5D - Thermal Spring at Caldas de Reis - Numa aldeia termal, há que experimentar as águas que lhe dão fama. Esta Earthcache levar-vos-á a um local onde a água jorra a uma temperatura única. Para descobrir qual, terão que se deslocar lá, já que a resposta permitir-vos-á reclamar o "found" na mesma...

GC3CF36 - Convento del Carmen - À porta do albergue de Padron ergue-se um convento de proporções gigantescas e com um balcão com uma vista privilegiada sobre a pequena vila que deu origem aos lendários pimentos que picam (ou que non). 

GC4DP91 - Via Crucis de Santiaguiño do monte - Ainda em Padrón, esta é uma das geocaches que podem encontrar ao subir os 136 degraus até à Ermida que se ergue no topo do monte e que esconde um conjunto de lendas e costumes bastante interessantes.

GC1R5Z6 - As dúas en punto - Das lendas e costumes que Santiago encerra, esta é uma das mais interessantes. Ponto de passagem obrigatório para peregrinos e não só... e uma geocache muito difícil de encontrar num local sempre repleto de muggles.

GCQ6KZ - Finis Terrae - Cache at the end of the world - É claro que a visita a um sítio tão particular merece uma geocache especial. Mantém-se no local há anos, depois da minha primeira visita. Uma boa forma de assinalar o marco.

 

Texto / Fotos: Bruno Rodrigues (Btrodrigues)

Artigo publicado na GeoMagazine#22.



1 comment

  • Comment Link Henrique Bulcão 11 October 2016 Wessel1985

    Queria aqui dar os meus parabéns por este artigo muito bem escrito e que nos descreve de uma maneira singular e fantástica esta experiência que acredito ter sido arrebatadora ... Obrigado ao autor por partilhar com a comunidade geocacher alguns desses momentos tão especiais ... :)

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