FloraCardoso
Açores, Ilhas das Paixões
Quando soubemos que os Prrrémios GEOPT errram nos Açores a hipotese de lá ir foi posta em cima da mesa.
Dos Açores conhecemos 3 Ilhas S.Miguel, Terceira e Graciosa, todas elas com um pulsarrr diferente mas todas belas… Belas de morrrer...
Os sentimentos errram contrrraditorios, o deixarr o resto da Máfia em Palmela e ir só dois, foi sem duvida o que nos custou mais, mas os meninos do GeoPT garantiam uma videoconferência com os Mafiosos, na hora de receber o prémio. O que fizeram sem qualquer drama, tudo fluiu que até parecia serrr noite de Globos de Ouro tal foi o profissionalismo e seriedade com que cunharam o evento no belíssimo auditório Francisco D'Amaral Almeida em Lagoa.
O que nos custou menos foi voltarrr à ilha que amamos de paixão, que continua forrrmosa com a sua beleza ímpar onde mais uma vez os Micaelenses perrritos na arrrte de bem receberrr, fizeram-nos sentir em casa.…GRRRANDES AÇORES.
A Máfia é um team de Palmela/Setúbal ou seja carrrega nos rrr, terrra da Sarrrdinha e Choco frrrite e porrrtanto escrrrevemos como se diz…
Vou tentarr contarr a historrria dos RRR. Na altura da grande guerra as fábricas de conservas na região surgiram como cogumelos… Os donos eram Franceses e como o povo TUGA adapta-se deprrresa a tudo…. Os Francesses falam com acentuação na Sardine…e foi um fosforo para falarrr assim a Choco Frrrite…
Haaa não sei se foi assim mas a historia é engraçada…acreditaram???LOL
Os “gajos” de Setúbal são assim divertem-se com tudo e com todos e temos sempre companhia para isso…principalmente para rir de nós próprios! Até fizemos um grupo nos Açores o Team ᗅᗺᗷᗅ !!! Haaa pois é, um team que nasceu na Ilha de S.Miguel com membros de várias cidades de Portugal e já com reunião marcado para Mirandela ( iremos discutir se continuamos Team ᗅᗺᗷA ou se passamos a Team Alheira) .
Se a terra é brutal a amizade que fizemos por lá é ainda maior…Ainda nos impõem uma providencia cautelar, para estarmos afastados uns dos outros uns 40 mt… mas a ligação é constante e no fim só de olharmos uns para os outros entravamos em wi-fi e era só rir alto e a bom som.
Mas a melhor forma de descrever estes dias é como já dizia o outro Fernando …o Pessoa.
“O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem.
Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.”
Por tudo o que vivemos e pelas amizades que fizemos, cada dia que passa, sentimo-nos mais Gratos por termos tido o privilégio de
ter vivido e partilhado esta experiência com todos vós.
A todos os envolvidos um Grande Bem Hajam.
Principalmente à GeoPT por ter elevado o Geocaching Nacional a outro patamar …o da Excelência!
Beijos Mil para todos e em especial para a Team ᗅᗺᗷᗅ!!!
De uma coordenada secreta qualquer
Máfia
Aida Felicidade e Fernando Silva
Vencedores Prémios GPS 2013 Setúbal
Fotos: João Nuno Calhandro, Paulo Gordinho, Aida Felicidade, Fernando Silva
Eis O Hobbit, por João Oom Martins
Na maior parte das vezes que atravesso o território do Parque Nacional da Peneda-Gerês, PNPG, a sensação que estou em plena Terra Média do universo de Tolkien é omnipresente . Por vezes ela é tão forte que se sobrepõe às outras e sinto que estou lá, com a devida proporcionalidade, sempre à espera de encontrar alguma criatura desses tempos imemoriais.
Não sou o único a quem isto acontece e isso está reflectido em algumas das caches que já encontrei pelo PNPG: Montanhas Nebulosas (http://coord.info/GC3C7J6), O Regresso do Rei (http://coord.info/GC49ZBF) ou Sméagol's Challenge (http://coord.info/GC305ZK).
Em todas estas viagens, nestas três caches e outras no PNPG, algo me chamava sem perceber o que era. Certamente que não era o chamamento do anel, pois não o utilizava. Se calhar seria Sauron? Seria o Frodo? Seria o Gollum? Ou seria até mesmo Gandalf? Só me apercebi mesmo o que era quando vi o primeiro filme da trilogia do Hobbit e que algo tocou lá dentro da moleirinha. Era a história fabulosa de Bilbo Baggins na sua longa campanha na Terra Média naquela que é, sem dúvida, a maior aventura da sua vida. Aquela que o transformou para sempre e que por vezes é comparada com a procura de algumas caches. Já tinha escutado alguma coisa quando ouvi os Anões numa madrugada em Castro Laboreiro antes de ir explorar as Montanhas Nebulosas, mas faltava aquilo que despertava o interesse, a força motriz para um novo projecto. Entre o tempo da exibição dos dois filmes, tempo em que continuei a vir ao PNPG e sentir-me na Terra Média, aproveitei para reler o Hobbit reavivando a memória sobre o enredo, sobre os locais e acima de tudo para me embrenhar ainda mais na narrativa. Foi numa das vezes que passei num local, a caminho de um Evento, que reparei num recorte rochoso.
Não era a primeira vez que o via, o recorte, mas ainda não tinha descoberto a pólvora. Estava ali o que procurava: a zona que se podia adaptar ao livro.
Comecei a magicar sobre a criação de uma cache. Como seria? Como é que iria transportar a história? Conseguiria ajustar os locais do livro ao terreno? Onde seriam esses locais? Essa é mesmo a aventura relatada: criar uma cache, adaptando-a ao fabuloso mundo criado pelo professor J.R.R. Tolkien: Endor. Escolhido o esconderijo, aquele onde está o livrinho e que tenta ser apropriado à história; o local do início e preparado a tralha toda, fiquei ansioso para poder lá ir.
Uma semana depois da última incursão no PNPG, nessa altura com a aparição de alguns flocos de neve a cotas de 800 metros e com a visão dos topos, cobertos com neve, foi o dia escolhido. Vi a previsão atmosférica (que não era famosa) e coloquei o despertador para uma madrugadora hora. Aquela que me permite chegar no início do dia ao destino. Pareceu-me, que nas poucas horas que dormi, ouvi, cá em casa, um rebuliço na cozinha, como quem lava loiça em alegre cantoria. Se não fosse a curiosa marca na porta, que só apareceu quando a luz incidiu num determinado ângulo, a mostrar que afinal o barulho se calhar tinha sido real e que aquele toque de alvorada, ainda noite cerrada, era o sinal para me apressar, não estava seguro. Tinha chegado o dia.
Cheguei ao Shire em pouco tempo, equipei-me a rigor e preparei-me para enfrentar o dia frio com aquela neblina envolvente capaz de imbuir, qualquer um, até aos ossos, o espírito de Arda. Comecei a minha tarefa. À ida a procura do ponto final, como na história, na vinda tentaria encontrar os outros locais.
Embrenhei-me no caminho da floresta , com o prado verde atrás das costas a lembrar o Shire, rumo às montanhas e à parte mais urbana destas paragens que seria, futuramente, Rivendell. Pelos rastos que se viam, aqui e ali, na terra molhada, percebi que os Wargs cruzavam estas paragens e os Trolls também marcavam presença. Seguramente que alguns monólitos de granito , que circundam estes caminhos, seriam Trolls, apanhados desprevenidos pela chegada da aurora.
Fui andando até chegar às Montanhas Nebulosas e graças às condições climatéricas de hoje eram assim que se apresentavam: envolvidas por uma neblina capaz de nos transportar para o fantástico. Procurei a passagem da montanha, num estreito trilho pelo meio das rochas e vi a silhueta do meu destino .
Faltava alguma distância e há muito que os sinais pintados dos Elfos tinham ficado para trás. Entrava agora no território povoado pelos Orcs, sinalizado aqui e ali por mariolas discretas, onde sentia a presença do dragão de fogo, pois a desolação era visível, quase só restava a superfície nua do granito .
Nesta parte estudei o melhor acesso para a investida final olhando para as curvas de nível e para o terreno pontuado em alguns locais por restos de neve para chegar ao local pretendido, não sem antes ver a silhueta de Smaug , do qual me escondi.
Na zona escolhida, e após alguma prospecção, o local da cache foi encontrado; aquele capaz de nos transportar à entrada do interior rochoso do antigo reino de Durin. Com a cache escondida, faltava agora a procura dos pontos que servem como balizas, no terreno e no desenrolar da jornada de Bilbo, para uma viagem de ida e de regresso.
Ali para baixo poderá ser a Cidade do Lago e o rio onde viajámos de barril, ali a passagem montanhosa, com as suas dificuldades no terreno e onde poderão aparecer, numa noite de tempestade, os gigantes de pedra a lutar. Ali, depois da encosta, onde se vêem algumas construções, poderá ser Rivendell , e ali é o território das aranhas.
No ponto zero, aproveitei por almoçar com a sensação que tinha parte da tarefa cumprida. Como o tempo agreste que se sentia, com o frio e aquela neblina que me impedia de ver as partes nevadas, não convidava a usufruir desta maravilha natural, antecipei o abandono destas paragens. Retornei seguindo os meus passos com o ocasional desvio para ver de mais perto alguns locais: os restos mortais de Smaug; o local onde Bilbo, Thorin e a sua campanha, pararam para se alimentarem ; as marcas que delimitam o território dos Elfos (de Rivendell e da Floresta) e os extraordinários exemplares de centenários carvalhos cobertos com musgo verde .
Cheguei ao meu transporte com a alma cheia e com a cache no local. Agora faltava a sua publicação e assim poder mostrar mais uma pequena parte do PNPG e tentando que quem aqui vem, na busca da cache, se sinta na pele do Hobbit e na fantástica, fabulosa e misteriosa Terra Média.
Eis O Hobbit (http://coord.info/GC4XCT6).
Joom (João Oom Martins)
Este artigo participou no passatempo Geopt "Uma aventura, 1000 palavras"
Fotos com história: VG do Pedrinho - Fernando Rei
Não raras vezes surgem nos logs fotografias que marcam a diferença, pelo sujeito, enquadramento, pela cor ou textura, ou simplesmente porque nos contam uma "história" para além da palavra escrita. Com esta rubrica pretendemos desvendar a história por detrás da imagem e o contexto que lhe deu vida.
Nesta edição muito especial, convidamos o Fernando Rei a comentar uma fotografia que fez história no Geocaching em Portugal: "VG do Pedrinho".
Há cinco anos, no dia 28 de fevereiro de 2009, viemos ao ponto alto da serra da Peneda visitar duas caches recém-plantadas pelos OverdoseNesquik. Começámos por visitar a "Milestone Cache" onde festejámos as #1000 caches do Ateam e as minhas #600. Aqui, a festa começou logo bem porque tivemos direito a uma tortilha apetitosa, a espumante, a vinho do porto e a muitas outras iguarias.
Com o estômago temperado seguimos a caminhada para a cache "Peneda", onde foi tirada a foto. A serra ainda tinha bastante neve o que deu mais alegria à aventura. A distancia até ao Pedrinho - vértice geodésico - parece longa, mas como o declive é pouco acentuado fez-se nas calmas.
Depois de encontrarmos o tesouro, muito bem elaborado, foi tempo de rumar ao topo do VG. De lá temos uma fenomenal vista 360º para as serras do Soajo, Peneda, Amarela e Gerês
Nesta foto, da autoria do Insano, recordo um agradável dia de geocaching na companhia de malta amiga, passado no PNPG! Fico feliz e honrado por esta imagem ter sido adotada com banner de entrada do Geopt.org e ter dado origem a TB's e GC's.
Fernando Rei
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