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GeoTalk - Inês Pulido
10 January 2011 Written by 

GeoTalk - Inês Pulido

Inês Pulido, 18 anos, estudante de Arquitectura na Universidade de Coimbra

 

“A exposição consiste em colocar as telas, alusivas aos Descobrimentos, a viajar por todo o mundo. As telas vão andar escondidas de ‘cache’ em ‘cache’, sendo registadas (travel bugs) com um número que acompanha cada quadro, o que vai permitir que se acompanhe a viagem e o nome das pessoas que o transportam através da internet".

Quando começou a tua vocação pela arte?

Muito cedo, lembro-me de gostar muito de pintar quando entrei para o Jardim Escola João de Deus, era divertido com 3 ou 4 anos pintar com as mãos. Um dia, quando tinha oito anos, após uma visita, com o meu avô, ao Museu da Fundação de Serralves, no Porto, achei que era capaz de pintar o que me apetecesse. Disse aos meus Pais que conseguia pintar o que tinha visto, e eles arranjaram-me uma professora, foi fantástico, ela ajudava-me a entender as misturas e os pontos importantes. Pintar parecia magia, nunca mais parei.


Qual a razão da opção da pintura?

Foi um acidente. Risos...


Quais são as tuas principais influências?

As cores, a luz e as sombras :) eu quase não sei nada sobre pintura, tenho um longo caminho a percorrer. Quando fiz a primeira exposição (aos 11 anos) disse a uma Jornalista do Público que queria ser Arquitecta quando fosse grande :) a pintura seria sempre um passa tempo. Hoje (aos 18) estudo Arquitectura em Coimbra e sei que procuro aprender na pintura as cores a luz e as sombras para as projectar nas construções do futuro. Por isso, as minhas principais influencias são todos os artistas vistos na relação que tiveram com os espaços que habitaram e a valorização que faziam do colorido. Gosto de conhecer a obra de um pintor e tentar entender como eram as construções do seu tempo e que tipo de vida tinha. O cor de laranja ou o verde não são vistos da mesma maneira em décadas diferentes. O olhar sobre o vermelho no fim da 2ª Guerra Mundial é muito diferente do actual.


Quando e como conheceste o Geocaching?

Conheci há uns 2 ou 3 anos. Uns Amigos contaram-me como era, fui ler sobre Geocaching na Internet e fomos logo "cachar".


Costumas cachar frequentemente e quais foram as caches que te marcaram até hoje?

Sim. Adoro caches em lugares inesperados, escolhi uma montanha perto de casa para as telas (quando alguém leva uma vou lá colocar outra), é um lugar que descobri porque fui lá "cachar".


Como surgiu a ideia de divulgares as tuas obras através do Geocaching?

Geocaching permite-me "oferecer temporariamente" os meus trabalhos a muitas pessoas. A ideia é tentar fazer com que os aventureiros "cachem" uma surpresa :e levem para casa temporariamente uma tela que depois voltam a colocar numa cache, numa outra cidade ou país. Também tenho colocado um livro de oferta. Foi um livro que fiz em 2003 para a exposição "provérbios" , prefaciado pelo Professor Marcelo Rebelo de Sousa.


Tens tido feedback da tua iniciativa?

Tenho, é super divertido. Quando tiver 50 telas espalhadas vou fazer um apanhado das coisas mais engraçadas que aconteceram e revelar na próxima exposição. Ainda não espalhei todas porque só as "escondo" em lugares muito especiais :)


Costumas frequentar os Sites de Geocaching em Portugal e o que pensas sobre estes?

Como tenho muitas tarefas estou pouco tempo nos Sites de Geocaching. Acho que o Geocaching pode servir para desenvolver o olhar sobre a natureza e aumentar o respeito pelo património.


Onde podemos conhecer a tua obra?

Uma parte pode ser vista na Internet, tenho cerca de 520 telas registadas, são o resultado de 10 anos de trabalho, nunca parei de aprender e tentar ser cada vez melhor, quem tiver curiosidade pode procurar em imagens - "Inês Pulido". Ao vivo é mais complicado, só quando faço exposições :)


Projectos para futuro?

Muitos: aprender tudo quanto consiga com os Professores de Arquitectura da Universidade de Coimbra; continuar a aprender a pintar; terminar um livro sobre a história do barroco que comecei há uns 3 anos; fazer uma exposição de telas gigantes nas margens do Mondego :) e uma lista infinita de coisas que gostava de ter a sorte e o talento suficientes para as conseguir realizar :)



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