Assim, direito às Alcobertas, depois apanhar um caminho de terra batida de acesso às pedreiras, sempre a olhar para trás para ver quando é que o Manel me fazia sinais de luzes para avisar que se ia despenhar ou partir uma peça do carro ou algo assim, mas não, portou-se como um geocacher T5 à altura, nem uma queixinha! Chegámos ao alto, e deparámo-nos com uma verdadeira auto estrada de alcatrão de acesso às pedreiras dos Candeeiros, onde um camião passou em alta velocidade por nós. Estávamos no topo, viamos o sol a desaparecer por detrás das nuvens que surgiam naquele fim de tarde vindas do mar, mas não desmorecemos e seguimos o camião em direcção ao Pé da Serra. E foi já perto desta localidade que acabámos por parar, junto ao local que nos pareceu o mais acessível para a cache.
Deixámos o carro junto à estrada, porque o Manel apesar de cada vez ter carros que marcam mais no velocímetro (este agora marca 270km/h , se o Monho soubesse...) são cada vez mais baixinhos e não se pode arriscar a levá-lo para perto das caches...este, só mesmo para as drive-in's, não sei como o Manel não aproveita para fazer mais...
Seguimos junto ao parque de merendas que se encontra no local, e subimos até junto da torre de vigilância. Ali, tivémos que procurar um melhor acesso que nos levasse junto do vértice geodésico, onde contaríamos que estivesse a cache. Rapidamente estávamos num trilho cheio de carrascos e onde fomos literalmente engolidos por estes, desaparecendo completamente por entre a vegetação.
Um dado curioso: o Manel tinha pensado para este dia em ir fazer as Dobras Verdes, também deste owner, no entanto por os dias serem curtos e por a cache ser algo demorada e que deve ser desfrutada com tempo, acabou por desistir da ideia. O que ele queria mesmo era neste dia fazer uma cache do Tou Perdido com mato até à altura da cabeça, e foi aqui que o desejo se concretizou, mesmo quando ela já não esperava! Coincidências!...
Continuando, rapidamente chegámos ao VG. Pego nas coordenadas e eram ainda umas dezenas de metros à frente. Seguimos por um trilho mais ou menos marcado, e acabei por ir eu à frente, dado coma cache, já na encosta descendente, no que agora é uma verdadeira auto-estrada, não deixando no entanto de ser picante, claro!
Encontrada a cache por mim, foi a vez do Manel a procurar, também com sucesso, mas comigo a fazer de GPSr humano.
Logada a cache, de regresso ao VG para o subir e tirar umas fotos de fim de dia, embora com o sol já muito para lá da linha do horizonte, ainda assim proporcionou fotos engraçadas.
E posto isto, regressámos aos carros, com o Manel a cair pelo menos 3 vezes à minha frente, penso que como ele diz " para ver de mais perto as belas raízes dos carrascos que evolvem o lapiás húmido". Deve ser, deve. Eu acho que é da idade.
Despedidas feitas, e seguimos para Lisboa.
Muito obrigado pela cache, já com bastante tempo, mas que nunca se tinha proporcionado vir aqui. A paisagem é muito agradável, embora com o IC1 logo ali por baixo dos nossos olhares, e a encosta trasporta do som dos carros até lá acima, mas ao fim da tarde não deixa de valer bem a pena! E o parque eólico ali ao lado enriquece a paisagem com o sincronímos das pás às voltas. E é picante? Sim, claro...
TNLN. A cache está de boa saúde.
Cláudio Cortez