
TFTC com Camache Team !
Depois de algum tempo a falarmos em atacar caches favoritas, esta estava no top das a fazer. Perdido o barco de manha por 2 minutos que fazia Belém - Trafaria (ainda não foi desta que cruzei o Tejo a bordo do cacilheiro) e com a Team Camache a caminho, desenfio-me de cachemobile para a Trafaria. Chegámos praticamente ao mesmo tempo.
Feitas alguma caches junto ao Rio, atacámos as caches do dia , isto é, as baterias de costa integradas no Regimento de Artilharia de Costa, isto é, a Alpena e Raposeira construídas no século XX entre 1948 e 1958 e que constituíam linhas de defesa de costa nas quais pontuavam:
"... 3x peças de artilharia de Raposeira - Estas baterias são peças de médio calibre (15,2cm/47) para defesa próxima com cadência de 4 disparos por minuto e alcance de cerca de 20km cada. Cada peça tem um peso aproximado de 7.600kg era manuseada por uma guarnição de 9 homens (Chefe de peça e serventes) que municiava o canhão com projécteis na ordem dos 45,3kg. São baterias feitas pela empresa alemã (Krupp) em que para a triangulação de defesa (Lisboa, Bugio e Margem Sul)..."
Após visita á bateria que se encontra completamente ao abandono, e é local de grafitis e batalhas de paintball e airsoft e que poderia e deveria ser recuperada, pois é parte do Nosso património, dirigimo-nos até á falésia para observar a belissima vistas sobre a Trafaria e Lisboa.
A cache apareceu rápidamente no seu local. A Inês não perdoa.
Em seguida atacámos a Bateria da Alpena onde se situa a Multi-cache Navarones Fortress !
Sugiro que leiam mais sobre as batarias de costa em: (visit link)
Found it Silvana
Descobrir o acesso foi a tarefa difícil...
O GPS teimava em mandar-me para a IC20 e de imediato, desconfiei da sugestão.
Paragem numa rotunda a menos de 200mts da cache e um sr. de idade avançada depois de o ter interceptado, fez questão de me dar uma descrição exaustiva e simultaneamente confusa de como chegar ao local.
Agradeci e com pouca convicção, segui em direcção à costa. Mais adiante o GPS fez-me o favor de recalcular o trajecto e curiosamente, indicou-me uma alternativa que me pareceu bem mais plausível.
Comecei a subir uma rampa em direcção ao cimo do monte e ao local onde a estrada acabava... Aí, começava um estradão em terra batida e recoberto com pedrinhas.
Parei e estacionei o automóvel lateralmente... Olhei ao redor, mas não me senti muito segura com a vizinhança e com o empreendimento desta caminhada a solo.
Devia ter vindo fazer esta cache no dia anterior com o team Raricisco!...
Decidi confirmar o acesso ás baterias com a uma senhora que estendia tapetes na sua varanda, sobre a segurança do local e da caminhada...
Muito prontamente e expeditamente, a senhora informou-me que por vezes andavam por lá "malandros" e que embora fosse mulher e estivesse sozinha, era apenas uma questão de mostrar segurança, levantar a cabeça e enfrentar "esses inúteis que andavam por aqueles locais aos tiros".
Com esta descrição, fiquei muito, mas muito mais segura!...
Mas tendo chegado aqui, custava-me desistir. E num momento de inconsciência, decidi aventurar-me pelo desconhecido em busca da cache.
Fui avançando e ainda ouvia a senhora a dizer em alta voz que "tudo iria correr" bem e que ela e o filho ficavam de vigia (em casa) enquanto eu ia tirar umas fotos.... Lol
Depois de uns bons minutos de caminhada e já sem qualquer casa à vista, cheguei ás primeiras construções e ruinas e fiquei surpresa com a quantidade de lixo existente pelo chão. No entanto, essa primeira impressão do local fica logo suplantada pelo misticismo e silêncio que o local transmite e que acaba por nos cativar.
Imediatamente e sob o efeito da descoberta, comecei a tirar dezenas de fotos, aproveitando para subir para os patamares superiores que me transmitiam mais confiança e segurança caso algum dos "vadios" referidos aparecesse. É claro que percebi que se tratava de um local utilizado para a prática de paintball.
Foi após muitas fotos e uma agradável pequena caminhada, que cheguei ao GZ.
A cache apareceu facilmente. Loguei a dita e regressei por um caminho alternativo pelo qual aproveitei mais uma vez para imortalizar o local com mais umas fotos.
No regresso à viatura, voltei a encontrar a senhora que ficou satisfeita com o meu regresso sã e salva.
- Se não tivesse regressado nos próximos 5 minutos, teríamos partido à sua procura. - informou-me ela.
Agradeci a amabilidade e foi debaixo de um 37ºC que encontrei esta cache e descobri este local.
Adorei!
Obrigada pela cache e pela aventura proporcionada!